Política Crime
Jair Bolsonaro é alvo de operação da Polícia Federal e passa a usar tornozeleira eletrônica
Ex-presidente terá que cumprir medidas cautelares, inclusive, proibição de usar redes sociais. Segundo Alexandre de Moraes, Bolsonaro e o filho, Eduardo, atentam contra a soberania nacional para 'interferir no curso de processos judiciais'.
18/07/2025 13h59
Por: Heitor Silva Fonte: Jornal OBSERVADOR
Durante encontro no G20, Jair Bolsonaro cumprimenta Donald Trump em momento de prestígio internacional. Anos depois, ex-presidente brasileiro vira alvo de operação da Polícia Federal e passa a usar tornozeleira eletrônica - Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), passa a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de sair durante a noite. Ele também não pode usar redes sociais, se aproximar de embaixadas e conversar com outros réus e investigados pela Corte.

Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira (18). A decisão do ministro Alexandre de Moraes afirma que o ex-presidente confessou de forma "consciente e voluntária" uma tentativa de extorsão contra a Justiça brasileira e que agiu com o filho Eduardo para "interferir no curso de processos judiciais".

Parlamentares reagiram nesta sexta-feira (18) à operação da Polícia Federal que impôs medidas cautelares ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, também comentou as medidas impostas pelo STF. Em inglês, ele afirmou que o ministro Alexandre de Moraes “redobra a aposta” após a divulgação, no dia anterior, de um vídeo de Jair Bolsonaro direcionado ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) , classificou as medidas impostas pelo STF como um “ato absurdo de perseguição política”. “Censuraram suas redes, proibiram de falar com o filho e obrigaram a usar tornozeleira eletrônica”, escreveu. Zema afirmou ainda que o processo contra Bolsonaro estaria “cheio de abusos e ilegalidades” e criticou o que chamou de politização da Justiça: “Não existe democracia quando a Justiça é politizada”.