O ano de 2026 deve marcar uma etapa decisiva na transição entre as diretrizes debatidas nas Conferências do Clima e a implementação prática das políticas ambientais em Minas Gerais.
Diante de um cenário mundial de eventos climáticos extremos cada vez mais frequentes, o Governo de Minas e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) avançam em soluções tecnológicas, integradas e inclusivas para enfrentar os desafios ambientais.
Três tendências devem orientar as ações no próximo ano: a consolidação da economia verde, a ampliação da governança ambiental digital e o fortalecimento da justiça climática.
A economia verde se destaca como motor de desenvolvimento ao priorizar o uso racional dos recursos naturais, a redução de emissões, a restauração de áreas degradadas e a modernização de setores produtivos. Energias renováveis, agricultura sustentável e mercados de créditos de carbono devem ganhar ainda mais espaço. Mineração, agronegócio e transporte ampliam investimentos em práticas que conciliam competitividade e conservação ambiental.
Para a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, Marília Melo, 2026 será um ano de transformar compromissos em resultados.
"Vivemos um período de mudanças aceleradas, o que aumenta a urgência por respostas inteligentes e integradas. É o momento de transformar planejamento em entrega, garantindo segurança climática e benefícios reais para a população", afirma a secretária Marília Melo. | ||
Governança digital e fiscalização inteligente
A revolução digital na gestão ambiental segue em ritmo acelerado. Minas já utiliza satélites de monitoramento, sistemas de previsão de enchentes, sensores de água e ar, drones e plataformas com Inteligência Artificial para tornar o licenciamento mais técnico, rápido e transparente. A expectativa é ampliar o uso dessas ferramentas em 2026, consolidando um modelo de governança ambiental baseado em dados, monitoramento contínuo e tecnologia de ponta.
Outra diretriz que ganha força é a justiça climática. A compreensão de que os impactos climáticos afetam de maneira desigual diferentes grupos sociais impulsiona políticas voltadas a comunidades tradicionais, povos indígenas, moradores de áreas de risco e agricultores familiares. O objetivo é garantir participação ativa desses grupos nas decisões sobre recursos naturais, prevenção de desastres e uso do território.
Minas inicia novo capítulo da sustentabilidade
Minas Gerais avança na integração entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Empresas investem em eficiência energética, redução de emissões, reaproveitamento de resíduos e uso responsável da água. Programas como o Selo Verde MG e o CAR 2.0 reforçam o papel da tecnologia no monitoramento de práticas sustentáveis.
Na gestão hídrica, o Plano Mineiro de Segurança Hídrica (PMSH) e as ações conjuntas entre o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) , a Semad e os comitês de bacia ampliam a capacidade do estado de prevenir e responder a secas e enchentes, combinando legislação, ciência e inovação.
A transição energética também se fortalece. O Norte de Minas se consolida como polo de energia solar, enquanto cresce a atração de indústrias ligadas a energias limpas e minerais críticos — essenciais para tecnologias de baixo carbono, baterias e veículos elétricos.
Com esse conjunto de ações, Minas Gerais entra em 2026 com o desafio de transformar metas em entregas concretas. A sustentabilidade se afirma como eixo central da economia, da gestão pública e do cotidiano da população, unindo inovação tecnológica, justiça social e segurança climática.