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Operação da Polícia Civil em Pedro Leopoldo e Neves prende duas pessoas suspeitas de desviar equipamentos de tecnologia
Prejuízo estimado de R$ 2 milhões para a empresa. Segundo investigações, grupo atuava na capital mineira, Pedro Leopoldo e Ribeirão das Neves. Prejuízo foi causado porque firma era obrigada a manter serviço funcionando e precisava substituir materiais furtados.
13/12/2023 10h44 Atualizada há 11 meses
Por: Ryan Lucas Fonte: OBSERVADOR/G1
Aparelhos teriam sido desviados por funcionários de uma empresa que presta serviço para a prefeitura de Belo Horizonte — Foto: Divulgação / PCMG

Duas pessoas foram presas durante "Operação Inclusão Digital Social" da Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (13), suspeitas de desviar equipamentos de uma empresa de tecnologia, uma das vencedoras da licitação do programa “Vila mais Conectada” da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
Cinco mandados de prisão e um de busca e apreensão estão sendo cumpridos contra o grupo criminoso que, de acordo com as investigações, atuava na capital mineira e em Pedro Leopoldo e Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana.
Fontes ligadas à investigação apontam que a prefeitura investiu R$ 40 milhões na implementação de tecnologia para gerar internet gratuita em 218 vilas e favelas de BH. Outros R$ 20 milhões foram reservados para a manutenção da rede.
Durante a fase de implantação, a PBH deparou com grande resistência nas comunidades e as instalações eram alvos constantes de vandalismo. Segundo a Polícia Civil, criminosos atuavam para impedir a instalação da rede, acreditando que o serviço iria ampliar a atuação do programa “Olho Vivo” nas comunidades.
Uma denúncia levou a polícia a investigar funcionários de uma das empresas que venceu a licitação. Os policiais descobriram que equipamentos eram furtados da rede instalada.
Como a empresa era obrigada a manter o serviço funcionando, ela acumulava prejuízo na substituição dos materiais desviados. Um dos dirigentes estima que o rombo aos cofres da empresa possa ter alcançado R$ 2 milhões.
Ainda segundo a Polícia Civil, um transmissor tem o custo de R$ 6 mil. Dezenas desses aparelhos foram levados. O custo total para a manutenção da rede, ainda de acordo com a instituição, é de R$ 21 mil para cada instalação.
Os investigadores descobriram que funcionários da empresa estavam envolvidos no esquema. Um deles foi flagrado retirando os equipamentos do local de instalação.
Durante a investigação da polícia, o funcionário pediu demissão da empresa, o que chamou a atenção das autoridades. Ele era tratado como homem de confiança de um dos dirigentes. Outros quatro empregados podem estar envolvidos no desvio dos materiais.
A polícia concluiu sobre a participação deles depois de fazer o rastreio dos veículos. Os carros utilizados pelo grupo foram flagrados pelo GPS nos mesmos endereços cujos equipamentos haviam sido furtados.
Para não levantar a suspeita dos moradores, segundo a polícia, primeiramente, os criminosos vandalizavam a rede. Com o sinal de internet interrompido, eles seguiam para os endereços como se estivessem realizando uma manutenção. A partir daí os aparelhos eram desviados. Cada aparelho furtado pelo grupo pode atender a 10 mil clientes, o que pode levar a lucros robustos.


O que diz a Prodabel
Em nota, a Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte S/A (Prodabel) disse que desconhece os fatos relatados e esta à disposição das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos necessários.