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Governo de Minas investe R$ 1,4 milhão no Laboratório de Ensaios Balísticos da Polícia Militar

Local é responsável pelos testes de homologação de equipamentos de proteção balística, como capacetes, escudos e coletes

25/08/2025 às 16h46
Por: Artur Valério Fonte: Secom Minas Gerais
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Júlia Rodrigues/Fapemig
Júlia Rodrigues/Fapemig

Uma parceria firmada entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) , por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) , e a  Polícia Militar do Estado de Minas Gerais (PMMG) , contribui diretamente para modernizar o Laboratório de Ensaios Balísticos da PMMG.

O local é responsável pelos testes de homologação dos equipamentos de proteção balística — capacetes, escudos e coletes — produzidos ou adquiridos pela corporação.

Cerca de R$ 1,4 milhão foi investido na adequação da estrutura para avaliação do comportamento de materiais de proteção balística quando submetidos a disparos controlados. Os recursos foram destinados à aquisição de equipamentos modernos, ampliação do escopo de testes e incremento da precisão dos ensaios balísticos.

Para a major Layla Brunnela, chefe do Centro de Jornalismo Policial da PMMG, parcerias como essa agregam tecnologia e trazem mais segurança e confiabilidade para o trabalho do policial militar. “Um militar seguro e confortável na atividade presta um serviço ainda melhor para a população. Quem ganha, no final, é a sociedade”, disse a major.

"Essa iniciativa traz oportunidades de mercado para esses equipamentos, fortalecendo ainda mais o setor de defesa e garantindo mais desenvolvimento econômico e oportunidades em Minas Gerais", ressalta Lucas Mendes, subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sede-MG.

Equipamentos modernos para maior segurança

O capitão da PMMG Edgard dos Anjos destaca que os testes — que obedecem às principais normativas internacionais reguladoras — contribuem para ampliar a confiabilidade dos policiais militares em relação aos materiais, bem como identificam eventuais produtos que apresentem qualidade inferior. Dessa forma, direcionam a indústria nacional a desenvolver produtos de qualidade.

Ainda segundo o capitão, com o investimento feito no laboratório, a Polícia Militar de Minas Gerais passa a ser a primeira do país a contar com uma câmara climática, equipamento utilizado em testes de simulação do envelhecimento dos coletes balísticos. Com isso, é possível mensurar a resistência e confiabilidade de um colete ao longo dos anos.

Outros equipamentos foram adquiridos visando tornar os testes de homologação de coletes, capacetes e escudos balísticos ainda mais precisos. Entre eles, uma nova balança eletrônica de precisão capaz de definir com mais exatidão a quantidade de pólvora dos projéteis e, consequentemente, a velocidade do tiro, que deve seguir as determinações internacionais.

Também foram adquiridas novas telas para o cronógrafo, aparelho que mede a velocidade dos projéteis no momento do disparo. Novos lotes de plastinina – tipo de massa de modelar que simula os efeitos dos testes no corpo humano – completam o conjunto. Em testes de colete balísticos, o material é mantido aquecido para simular a densidade do corpo humano.

A partir da distância projetada pelo impacto do projétil no material, é possível mensurar o desempenho do colete, reproduzindo resultados semelhantes aos visualizados em casos que o usuário seja atingido em um confronto real. Assim, é possível selecionar e desenvolver equipamentos que possuam a capacidade de transferir o menor impacto ao policial militar.

Investimento em vidas

Para o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapemig, Luiz Gustavo Cançado, a parceria entre a fundação, a Sede-MG e o Centro de Materiais Bélicos da PMMG é um exemplo concreto de como a ciência e a inovação podem ser aplicadas diretamente em benefício da sociedade.

“Mais do que um investimento em tecnologia, estamos falando de um investimento em vidas. Essa cooperação mostra a força das parcerias entre instituições públicas quando colocamos o conhecimento a serviço do bem comum”, reforça o diretor.

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