Parintins, no coração do Amazonas, já tem seu nome eternizado no mapa cultural do Brasil. Todos os anos, a disputa apaixonada entre os bois Garantido e Caprichoso transforma a cidade em um espetáculo das cores vermelha e azul, arte e tradições. Durante o Festival Folclórico, realizado no último fim de semana de junho, a chamada “Ilha da Magia” recebe mais visitantes do que o próprio número de habitantes: são mais de 120 mil turistas, que movimentam pousadas, restaurantes, transportes e serviços locais.
O impacto econômico é expressivo. Em 2024, o festival gerou R$ 146,7 milhões, alta de 23% em relação ao ano anterior. Em 2025, a estimativa da Amazonastur aponta para R$ 180 milhões em recursos movimentados no estado durante o período da festa.
No entanto, chegar a Parintins ainda é um desafio. Muitos visitantes enfrentam conexões longas ou optam por viagens de barco que podem levar até 30 horas desde Manaus, a 370 km da cidade.
Esse cenário deve mudar com a inclusão do Aeroporto Júlio Belém na primeira etapa do Programa AmpliAR, do Ministério de Portos e Aeroportos. O plano prevê a modernização da pista, a ampliação do terminal e o aumento da capacidade operacional, garantindo mais segurança, conforto e regularidade para passageiros.
A expectativa é de que a modernização do aeroporto não apenas facilite o acesso, mas também abra novas rotas de desenvolvimento humano e econômico. Com um aeroporto mais eficiente, crescem as oportunidades para hotéis, pousadas, restaurantes, transporte local, artesanato, guias de turismo e produtores culturais.
“Estamos trabalhando muito para fortalecer a aviação regional. Foi aí que surgiu o Programa AmpliAR, que aumenta o prazo das concessões para que os investimentos sejam revertidos em melhorias em aeroportos, sobretudo com atenção especial às microrregiões do País. Nesta primeira etapa, temos o Norte e o Nordeste como prioridade, regiões com um vasto potencial turístico ainda inexplorado, precisam ter aeroportos estruturados”, afirmou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Ainda segundo o ministro, o objetivo é estimular tanto o turismo de lazer quanto o de negócios. “A cada quatro turistas que chegam a uma cidade, um emprego é gerado. Queremos que brasileiros e estrangeiros viajem mais para o interior do Brasil”, destacou.
A sessão pública do certame está marcada para o dia 24 de novembro, na B3, em São Paulo.
Já o secretário Nacional de Aviação Civil, Daniel Longo, reforçou a importância do programa para a interiorização do turismo. “O AmpliAR é um marco inédito na história da aviação civil brasileira. É uma política pública inovadora, construída em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU), que vai abrir caminho para investimentos privados na modernização de aeroportos hoje deficitários. Com isso, pretende-se melhorar as condições da infraestrutura aeroportuária no interior do país e fortalecer a aviação regional nas diversas regiões do território nacional”, afirmou.
Para os moradores da região, mais do que uma obra de infraestrutura, a modernização do aeroporto simboliza transformação. E representa a oportunidade de Parintins de se consolidar como destino turístico de relevância nacional e internacional, mostrando ao mundo a força de sua cultura e a beleza única de sua natureza.
“Quem vive do turismo sabe o quanto um aeroporto estruturado pode movimentar a cidade. Não queremos receber bem os visitantes apenas em junho, mas sim manter o movimento durante todo o ano. Com mais facilidade de acesso, os turistas podem conhecer nossos festejos religiosos, nossas praias, belezas naturais e comunidades. Isso significa mais empregos, mais renda e o sustento de muitas famílias”, destaca Milagre Junior, proprietário da Pousada Aconchego dos Milagres, em Parintins.
Além do Aeródromo Júlio Belém, em Parintins, outros sete aeroportos da Região Norte fazem parte do Programa AmpliAR: Itacoatiara (AM), Barcelos (AM), Cacoal (RO), Itaituba (PA), Tarauacá (AC), Vilhena (RO) e Araguaína (TO).
Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos
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