O Giramundo, uma das mais reconhecidas companhias de teatro de bonecos do Brasil, e a Fundação Clóvis Salgado iniciam as comemorações de seus 55 anos com a Ocupação Giramundo, no Palácio das Artes. A programação reúne exposição, espetáculo, mostra de cinema, visitas guiadas e atividades educativas, oferecendo um panorama da trajetória do grupo e de sua contribuição à cultura brasileira.
A exposição “Bonecos Giramundo” abre ao público no dia 11/10 e segue em cartaz até 22/2 de 2026, na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, com entrada gratuita. São cerca de 600 peças, entre bonecos, máscaras, figurinos e elementos de cena, que marcaram presença em produções do grupo no teatro, no cinema de animação e na televisão.
“O Giramundo é um dos grandes nomes do teatro de bonecos. Com origem em Belo Horizonte, o grupo é reconhecido nacionalmente por suas propostas criativas, tanto na confecção dos bonecos quanto nas narrativas. Celebrar sua trajetória ao lado da Fundação Clóvis Salgado é reverenciar dois legados da cultura mineira”, celebra a secretária de Estado Adjunta de Cultura e Turismo , Josiane de Souza.
O presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis, acrescenta que esse projeto antecipa uma série de comemorações dos 55 anos da Fundação Clóvis Salgado, que acontecerão a partir de março de 2026.
“É com imensa alegria que o Palácio das Artes recebe esta exposição e as demais atividades da ‘Ocupação Giramundo’. O grupo, assim como a Fundação Clóvis Salgado, é fundamental para a produção e o acesso à cultura em Belo Horizonte e em Minas Gerais. Celebrar nossos 55 anos juntos reforça nosso compromisso com a difusão artística e cultural. Afinal, o Palácio das Artes é um espaço para todos”, comemora.
No Dia das Crianças (12/10), o público também poderá conferir o clássico “Alice no País das Maravilhas”, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes. Os ingressos estão à venda na plataforma Eventim e na bilheteria do Palácio das Artes.
Panorama das criações do grupo
A mostra está organizada em três eixos: “Coleção Álvaro Apocalypse”, “Coleção Giramundo Século XXI” e “Cine Giramundo”, reunindo criações de 1970 a 2025. O público poderá conhecer bonecos de 25 montagens históricas e 15 produções recentes, além de documentários e animações. Uma seção educativa, na PQNA Galeria Pedro Moraleida, apresenta os processos de construção dos bonecos, revelando a “anatomia das marionetes”.
“O conceito curatorial parte da ideia de permanente mutação e experimentação, que orienta todo o processo criativo do Giramundo. Essa noção de transformação contínua é o fio condutor que conecta coleções, figurinos, cenografia e filmes, mostrando como o grupo se reinventa ao longo do tempo sem perder suas características essenciais”, explica o diretor do grupo e curador da mostra, Marcos Malafaia.
Fundado em 1970 por Álvaro Apocalypse, Tereza Veloso e Madu, o Giramundo tornou-se referência internacional pela inovação estética e pela qualidade artesanal de suas criações. Em 55 anos, o grupo produziu mais de 40 espetáculos, explorando técnicas diversas de manipulação e temáticas que vão da cultura brasileira a clássicos da literatura e da música erudita. Hoje, sob direção de Bia Apocalypse, Marcos Malafaia e Ulisses Tavares, o coletivo amplia sua atuação para o audiovisual e o cinema de animação.
A Fundação Clóvis Salgado, por meio da Gerência de Artes Visuais, realiza a exposição em parceria com o grupo, reunindo a maior coleção de bonecos do país. Além de exibir o acervo, o projeto também se dedica à restauração e preservação dessas peças, consideradas patrimônio artístico e cultural de Minas Gerais.
A Ocupação Giramundo integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos culturais de Minas Gerais. O projeto é realizado pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais , Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, Grupo Giramundo e Fundação Clóvis Salgado, com patrocínio da Cemig , Instituto Cultural Vale, Grupo Fredizak, Instituto Unimed-BH, ArcelorMittal e Vivo, e correalização da APPA – Cultura & Patrimônio. A ação é viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura.
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