
Tatiana Schlossberg, neta do ex-presidente americano John F. Kennedy (1917-1963), anunciou ter sido diagnosticada com uma forma agressiva de câncer.
Com 35 anos de idade, seus médicos deram a ela menos de um ano de vida.
Schlossberg fez o anúncio em um artigo publicado na revista The New Yorker no sábado (22), que marcou os 62 anos do assassinato do seu avô.
Mãe de dois filhos e jornalista especializada em mudanças climáticas e meio ambiente, ela é oponente declarada das posições do seu primo Robert F. Kennedy Jr., atual secretário da Saúde americano no governo Donald Trump.
No artigo, Schlossberg descreve sua preocupação ao observar Robert Kennedy ser aprovado no cargo, enquanto ela lutava contra a doença.
A jornalista é filha do designer Edwin Schlossberg e da diplomata Caroline Kennedy. E é neta de John F. Kennedy, o 35° presidente dos Estados Unidos, e da ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy Onassis (1929-1994).
Intitulado A Battle With My Blood ("Uma batalha com meu sangue", em tradução livre), o artigo informa que Tatiana Schlossberg foi diagnosticada com leucemia mieloide aguda, depois de dar à luz em maio de 2024.
Ela descreveu o estilo de vida saudável que mantinha até então. Schlossberg corria, esquiava e até chegou, certa vez, a nadar no rio Hudson, em Nova York, nos Estados Unidos, o que "foi assustador, para levantar dinheiro para a Sociedade de Leucemia e Linfoma".
O tratamento incluiu um transplante de medula óssea e quimioterapia, mas ela conta que os médicos informaram que o resultado não parece ser bom.
"Durante o último exame clínico, meu médico disse que conseguiria me manter viva, talvez por um ano", escreve ela.
"Meu primeiro pensamento foi de que meus filhos, cujos rostos vivem permanentemente nos meus olhos, não se lembrarão de mim." O filho de Schlossberg nasceu em 2022 e sua filha, em 2024.
Seu tio John F. Kennedy Jr. (1960-1999) morreu em um acidente de avião com 38 anos de idade. E sua avó, Jacqueline, morreu de câncer quando Schlossberg era bebê.
A jornalista também descreve a dor que sua morte irá causar à sua mãe, que já foi embaixadora dos Estados Unidos na Austrália e no Japão.
"Por toda a minha vida, tentei ser boa, ser uma boa aluna, boa irmã e boa filha, protegendo minha mãe sem nunca a deixar preocupada ou zangada", escreve ela.
"Agora, adicionei uma nova tragédia para a sua vida, para a vida da nossa família. E não há nada que eu possa fazer para impedi-la."
Schlossberg também descreveu sua preocupação ao observar seu primo, conhecido como RFK Jr., se tornar secretário da Saúde de Donald Trump. O pai de RFK Jr., Robert F. Kennedy (1925-1968), também foi assassinado, enquanto concorria à presidência.
"Assisti no meu leito do hospital quando Bobby, contra a lógica e o bom senso, foi confirmado para o cargo, apesar de nunca ter trabalhado em medicina, saúde pública ou no governo", escreve ela.
"Subitamente, o sistema de saúde do qual eu dependia ficou sob pressão, abalado."
No início deste mês, seu irmão Jack Schlossberg anunciou seus planos de concorrer ao Congresso americano pelo Estado de Nova York. Ele compartilhou o artigo da irmã online no sábado, com a legenda: "A vida é curta — deixe rolar."
A família Kennedy acumulou proeminente reputação na vida americana, graças à sua participação na política do país por gerações — e às tragédias pessoais que tantas vezes acometeram seus membros. Por BBC.
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