
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, conheceu, nesta quarta-feira (10/12), duas importantes exposições em cartaz no Palácio das Artes, em Belo Horizonte: a “Bonecos Giramundo” e a “Presépios de Minas em Mim”. As mostras, ambas gratuitas, seguem atraindo um público expressivo e fortalecendo o papel do complexo cultural como vitrine da arte e da tradição mineira.
O chefe do Executivo mineiro destacou a representatividade que as exposições trazem da cultura de Minas. Para ele, a visita às duas mostras é um grande programa de fim de ano para quem passa pelo centro da capital mineira.
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"É um ótimo programa de Natal, um excelente programa de férias para toda a família. Tenho certeza que, principalmente, as crianças vão gostar. Aquela variedade de bonecos e os presépios também retratam um pouco da nossa cultura. É algo que vale a pena", disse Romeu Zema. | ||||
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"Minas, dentro do Brasil, sempre foi um dos estados que mais produziu arte. Tanto é que cerca de 60% do acervo histórico cultural do Brasil está concentrado aqui no estado, principalmente devido ao ciclo do ouro. E cabe a nós, mineiros, termos essa consciência de preservarmos aquilo que já foi produzido, e também de estarmos valorizando os artesãos, os artistas que fazem essa produção atual. Acho que é o que nós estamos fazendo aqui hoje, dando a oportunidade de a população conhecer estes trabalhos maravilhosos", acrescentou o governador.
Também participaram da visita a secretária de Estado de Cultura e Turismo (Secult-MG) , Barbara Botega, e o presidente da Fundação Clóvis Salgado (FCS) , Sérgio Rodrigo Reis.
Giramundo
A exposição “Bonecos Giramundo” integra a grande Ocupação Giramundo, que celebra os 55 anos do grupo – referência nacional e internacional no teatro de animação. A mostra apresenta cerca de 600 peças, entre bonecos, máscaras, objetos de cena e elementos cenográficos que marcaram história no teatro, no cinema de animação e na televisão brasileira.
Com curadoria da equipe do Giramundo, a exposição evidencia a força estética do grupo, conhecido pela experimentação e pela elaboração minuciosa de cada figura manipulável – seja por fios, varas ou luvas. Cerca de 80% das peças foram restauradas com apoio direto e indireto da Fundação Clóvis Salgado.
Em cartaz desde 11/10, a mostra já recebeu mais de 22 mil visitantes, consolidando-se como uma das mais procuradas do Palácio das Artes em 2025. A Ocupação Giramundo inclui ainda oficinas, visitas guiadas, espetáculo teatral e mostra de cinema, ampliando o acesso do público ao universo criativo do grupo.
Presépios de Minas em Mim: tradição, identidade e criação contemporânea
Já a Galeria Arlinda Corrêa Lima e a vitrine do Centro de Artesanato Mineiro (Ceart) recebem a exposição “Presépios de Minas em Mim”, que reúne mais de 70 presépios e estandartes criados por artesãs e artesãos de todas as regiões do estado. Com curadoria de Flávio Vignoli, a mostra apresenta obras produzidas em argila, fibras, madeira, crochê, bordado, ferro, cabaça e materiais reciclados, todas confeccionadas exclusivamente de forma artesanal, a partir de chamamento público.
A exposição reforça a riqueza da estética popular mineira e fomenta o desenvolvimento socioeconômico do artesanato: todas as peças estão à venda, e a renda é destinada diretamente aos criadores. A mostra é realizada em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede-MG) , o Ceart, a Cemig e o Sebrae Minas. Apenas no dia de abertura, mais de 500 pessoas passaram pelo espaço. A visitação segue até 11/1/2026.
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"Essas exposições revelam a potência da cultura mineira em toda a sua diversidade. O Giramundo, com sua trajetória inovadora e reconhecida no Brasil e no mundo, e os presépios produzidos por artesãs e artesãos de todas as regiões do estado, mostram como tradição e contemporaneidade convivem de forma viva em Minas Gerais", ressalta a secretária de Estado de Cultura e Turismo, Bárbara Botega. | ||||
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Investimentos crescentes
Entre 2019 e 2025, os investimentos no setor cultural cresceram mais de 400% em Minas Gerais. Os recursos foram de R$ 57,6 milhões, em 2019, para R$ 310,7 milhões, neste ano.
Os valores levam em conta os programas de incentivo e fomento, incluindo o Incentivo Fiscal à Cultura, o Fundo Estadual de Cultura, os Laboratórios de Fomento (Lei Aldir Blanc, Lei Paulo Gustavo e Política Nacional Aldir Blanc), que ultrapassaram R$ 1,3 bilhão em execução nesse período. Além desses valores, em 2025, já foram repassados cerca de R$143 milhões (até outubro), via ICMS Patrimônio Cultural.
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