
O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil e segue como um desafio relevante para a saúde pública. O tema ganha destaque coma chegada do verão com a campanha Dezembro Laranja, dedicada à prevenção e à conscientização sobre os riscos da exposição excessiva ao sol.
A iniciativa reforça a importância de cuidados simples no dia a dia, como o uso regular de protetor solar, roupas adequadas, busca por sombra e observação frequente da pele, além da procura pelos serviços de saúde diante de qualquer alteração suspeita.

Em Minas Gerais, o foco das ações é ampliar o acesso à informação e estimular o diagnóstico precoce, fator decisivo para aumentar as chances de cura e reduzir complicações e óbitos associados à doença.
Entre 2022 e 2025, foram registrados 8.209 casos em 2022, 9.254 em 2023, 6.604 em 2024 e 3.512 até dezembro de 2025. Do total no período, 2.027 correspondem a melanoma maligno da pele, forma mais agressiva da doença, enquanto 25.552 casos são de cânceres de pele não melanoma, grupo que reúne as formas mais comuns.
Tipos de câncer de pele
Segundo o médico da Coordenação de Vigilância de Doenças e Agravos Crônicos não Transmissíveis e Câncer da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) , Gil Patrus Mundim Pena, o câncer de pele engloba doenças com comportamentos distintos. “O tipo mais agressivo é o melanoma, que pode causar metástases e levar ao óbito, inclusive quando a lesão inicial é pequena”, explica.
Já os cânceres de pele não melanoma incluem principalmente o carcinoma basocelular, mais comum e relacionado ao efeito cumulativo da radiação solar, especialmente em pessoas idosas, e o carcinoma de células escamosas, também associado à exposição ao sol e geralmente diagnosticado precocemente por surgir em áreas visíveis da pele.
Sinais de alerta e diagnóstico precoce
Para auxiliar na identificação precoce de lesões suspeitas, profissionais de saúde utilizam a regra do ABCDE, especialmente para o melanoma. A orientação considera assimetria, bordas irregulares, variação de cor, diâmetro aumentado e evolução da lesão ao longo do tempo.
Pintas ou feridas que mudam de tamanho, forma ou cor, sangram ou não cicatrizam devem ser avaliadas por um profissional de saúde.
Impacto entre idosos
A análise da mortalidade evidencia maior gravidade da doença na população idosa. Dos 1.866 óbitos registrados no estado entre 2022 e 2025, 92,6% ocorreram em pessoas com 50 anos ou mais. A faixa etária acima dos 80 anos concentrou 842 mortes no período. Em relação ao tipo, 626 óbitos foram causados por melanoma, enquanto 1.240 decorreram de câncer de pele não melanoma.
Prevenção
A principal forma de prevenção do câncer de pele é a proteção contra a exposição excessiva ao sol. As recomendações incluem evitar o sol entre 10h e 16h, usar chapéus, roupas de manga longa e óculos escuros, aplicar protetor solar diariamente, inclusive em dias nublados, planejar atividades ao ar livre para horários de menor radiação e redobrar os cuidados com trabalhadores expostos ao sol.
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