SISTEMA FIEMG | Divulgação
“A tarifa americana não gera impacto inflacionário no Brasil. Pelo contrário, pode até ter efeito deflacionário, com parte dos produtos sendo absorvidos pelo mercado interno. Já a reciprocidade na taxação tem potencial para gerar pressão inflacionária sobre a economia brasileira”, alertou Roscoe.
Entre os setores mais atingidos, destaca-se a siderurgia, que já enfrenta uma crise provocada pelo excesso de exportações da China. No entanto, Roscoe acredita que o café brasileiro, por sua dimensão e características, pode ter mais facilidade em encontrar novos mercados.
Roscoe enfatizou que os Estados Unidos são um parceiro estratégico do Brasil e, no caso de Minas Gerais, representam o principal destino das exportações da indústria de transformação. Segundo ele, a manutenção da tarifa extra compromete as vendas de produtos de maior valor agregado, que podem encontrar dificuldade em reposicionar-se globalmente. “Vários outros produtos industrializados brasileiros já enfrentam forte concorrência internacional, principalmente da China e de outros países”, destacou.
Diante do atual cenário de reorganização geopolítica e tensões entre EUA e China, o presidente da FIEMG reiterou a importância de o Brasil manter uma postura neutra e técnica.
“Os Estados Unidos são um parceiro tradicional. Do ponto de vista geográfico e econômico, faz todo o sentido que nossas economias mantenham um fluxo comercial ativo e complementar. Na nossa visão, ambos os países perdem com o acirramento das barreiras.”
Rafael Passos
Imprensa FIEMG
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