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As reações involuntárias

10/11/2025 às 13h56
Por: Heitor Silva Fonte: OBSERVADOR
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Essas reações são as que amiúde fazem cometer as chamadas precipitações, que levam a julgar sem a intervenção da razão, e tudo isso conduz, como consequência, a semear contrariedades e dar começo a inimizades. Por serem involuntárias, deve-se entendê-las como descontroladas.

Praticamente, tais reações são as que criam maiores obstáculos à vida harmônica do ser. Não se deve esquecer de que os seres humanos reagem com maior facilidade desfavoravelmente, e isso ocorre porque, em geral, são suscetíveis a tudo quanto afeta direta ou indiretamente sua autoestima, e também a tudo que contraria aquilo que foi aceito por sua razão.

Como é natural, tal suscetibilidade é limada em grande parte ao se penetrar na vida sem conhecimento do que nela ocorre ou vai ocorrer, pois os tropeços e as quedas, com as consequentes reflexões que suscitam, dão lugar às primeiras experiências, as quais, por sua vez, criam a noção, ainda que rudimentar, da realidade, essa realidade que muitas vezes deverá ser enfrentada sem se dar conta disso, até que seja adotada a postura devida.

Entretanto, esta característica tão típica do temperamento humano não se delineia em todos por igual. Enquanto em uns aparece com variações pouco pronunciadas, em outros se acentua com bastante intensidade; por exemplo, nos estados de impaciência, nervosismo, ansiedade, contrariedade, e em muitos outros de análoga natureza.

Sob a influência desses estados, comumente transitórios, a mente perde com facilidade o próprio controle; são pensadas e ditas coisas sem obedecer a um critério definido. Tais reações, que na maioria dos casos levam em si a violência, por sua vez dão lugar a que se promovam no semelhante outras de índole variada: primeiro, de desconcerto; mais tarde, de desconfiança; por último, de prevenção.

Daí que, se depois ocorre uma mudança brusca na maneira de pensar ou de proceder, sem dúvida isso afetará o conceito de integridade que ambas as partes tenham formado uma da outra, o que promoverá, como consequência, um debilitamento das relações entre elas.

O comportamento individual deve estar condicionado sempre às boas disposições do ser, e não às caprichosas formas da inconstância. As reações involuntárias costumam fazer perder muito do prestígio ou do conceito pessoal, conseguido mercê das próprias energias e qualidades.

Isto adquire uma grande importância ao serem considerados os fatores que, durante a vida, contribuíram para o bem ou para a desdita humana. Sabe-se que um ser que luta sozinho na vida, por exemplo, deve sofrer e correr uma infinidade de riscos se suas condições psicológicas, morais e físicas são precárias.

Se a isso se adiciona o debilitamento de energias que tais coisas trazem consigo, e também o debilitamento do que constitui seu patrimônio como um todo, ocorrerá que quem enfrente a vida em semelhante inferioridade de condições haverá de encontrar suas perspectivas de triunfo consideravelmente diminuídas.

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