A Logosofia afirma, e tem demonstrado em múltiplas experiências realizadas, que são os pensamentos os que governam a vida do homem e que, devido à ignorância humana acerca da influência que estes exercem sobre a vontade, o homem se encontra à mercê ou capricho de agentes estranhos à sua consciência e, em consequência, alheios a seu conhecimento.
Esta circunstância, tão sensível, e que não deixa de comover o espírito dos que se acham liberados dessa escravidão mental, apresenta um porvir duvidoso e, até certo ponto, aleatório, a todos aqueles que vivem à margem dessa extraordinária realidade que fixa a situação do homem corrente e mostra, por sua vez, os alcances de tão formidáveis prerrogativas, que são as de conhecer o mecanismo interno da própria mente e o manejo consciente da técnica logosófica indicada para tal efeito.
Por que são poucos os que triunfam e muitos os que fracassam no campo de batalha que o mundo apresenta ao ser, desde que começa a dar seus primeiros passos, valendo-se tão-somente de suas forças e recursos?
A resposta não pode ser mais eloquentemente satisfatória, se se tem em conta o que acabo de expressar sobre os pensamentos. Poucos são os que triunfam, porque poucos têm a inteligência suficientemente lúcida para evitar com felicidade os obstáculos que as situações, nem sempre favoráveis, fazem surgir no curso do cumprimento dos projetos que o ser se tenha proposto realizar; obstáculos que existem até para os que vivem folgadamente e que devem ser superados com paciência e, sobretudo, com muito acerto.
A eficácia do método logosófico, já comprovada por muitos dos que o empregaram com inteiro êxito, poupa, ao que se propõe praticá-lo, muitas vicissitudes que se traduzem em incômodas contrariedades, pois lhe evita numerosos tropeços que, sem o auxílio da Logosofia, haveria de dar. Neste caso, o saber supre a experiência e ilumina os passos, indicando o reduto seguro por onde se poderá passar, evitando os transes difíceis, que tão frequentemente espantam a imaginação dos desprevenidos, os quais, inconscientemente ou temerariamente, confiam iludi-los por seus próprios meios, deficientes sempre, e sem ter a menor ideia das consequências emergentes de tal atitude.
O homem, para chegar a ser verdadeiramente dono de si mesmo, deve ter pleno domínio sobre seus pensamentos; então, também o terá sobre sua vontade. Isto explica por que muitos podem perseverar em seus afãs sem violentar a firmeza de suas decisões, o que não acontece naqueles casos em que pensamentos de tendência apressada malogram os projetos do ser, com a impaciência que caracteriza a quem não sabe medir o tempo, nem conhece em que grau este é indispensável para a realização de cada coisa.
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