
Moradora de Bom Despacho, Maria Alice Gorgosinho recebeu um kit com bolsa, cobertor, roupas e toalha para o bebê da Unidade Básica de Saúde (UBS) JK, como parte do programa Filhos de Minas, estratégia do Governo de Minas , por meio da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) , para fortalecer o pré-natal e ampliar o acompanhamento das gestantes.
A iniciativa foi lançado em fevereiro de 2025 e prevê a distribuição de 39 mil kits em todo o estado, com investimento superior a R$ 12 milhões. O incentivo é destinado às gestantes acompanhadas na Atenção Primária, especialmente às beneficiárias do Bolsa Família, mediante o cumprimento do cronograma de consultas e exames.
Na macrorregião Oeste de Minas, da qual Bom Despacho faz parte, já foram entregues 198 kits às prefeituras, sendo 11 a gestantes de Bom Despacho. "O kit ajuda muito e incentiva a gente a fazer todo o pré-natal. Quero tudo de bom para o meu filho", afirma Maria Alice.
Incentivo ao pré-natal
Segundo a referência técnica de Saúde da Mulher e da Criança da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, Lucimara Osório, o programa está alinhado ao Plano Estadual de Saúde e às ações de qualificação da rede obstétrica em Minas. A meta do estado é reduzir os óbitos maternos e infantis até 2027. "O incentivo melhora a adesão ao pré-natal completo e fortalece o cuidado na Atenção Primária", explica Osório.
A secretária de Saúde de Bom Despacho, Tamara Bicalho, destaca que o município tem intensificado as ações preventivas. Gestantes de alto risco são acompanhadas pelo Centro de Especialidades, e todos os ultrassons são realizados na maternidade local.
"O kit chega em boa hora para famílias em situação de vulnerabilidade. Representa acolhimento e garante um enxoval digno para quem muitas vezes não teria como arcar com esses itens", afirma.
Indicadores de mortalidade materno-infantil
Entre as metas da SES-MG até 2027, estão a redução da Razão de Mortalidade Materna, de 40 para 30 por 100 mil nascidos vivos, e da mortalidade infantil de 11,4 para 9,9 por mil nascidos vivos.
Para avançar, a referência de investigação de óbito da Regional de Divinópolis, Nayara Dornela, reforça a importância dos Comitês Municipais de Prevenção da Mortalidade Materna, Infantil e Fetal. "As principais causas de óbitos infantis estão relacionadas ao período perinatal e os óbitos maternos são mais frequentes por doenças hipertensivas e hemorragias. A vigilância analisa cada caso para apoiar melhorias na assistência e prevenir mortes evitáveis", alerta.
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