Praça Dr. Senra

Na edição passada o OBSERVADOR iniciou reportagens mostrando o abandono de espaços públicos em Pedro Leopoldo. Destacou inicialmente a péssima conservação e manutenção da Praça Getúlio Vargas no centro da cidade com bancos e mesas quebrados, lixo e passeio com lacunas de pisos.

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“Praças são locais que normalmente nos despertam memórias. Era lá que algumas brincadeiras da infância aconteciam, onde a imaginação corria solta, onde passeávamos com algum bichinho de estimação, onde escolhemos levar pessoas queridas para estar juntos, pois na praça tudo é possível”.
Bom lembrar que mais do que o espaço verde, elas podem ser espaços de qualidade e convivência. É lá que a vizinhança se estreita, interage e compartilha momento, mas isso só é possível se o ambiente se encontra saudável, bem gerido e com a manutenção em dia. E estes aspectos não são observados na Praça Dr Senra também no centro de Pedro Leopoldo.

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A manutenção dos espaços públicos é um serviço em carência na cidade. São poucas as praças que apresentam condições de convivência. Na Praça Dr Senra o quadro visível é lixo, piso com falhas, limpeza deficiente, buracos no passeio, jardinagem sem manutenção e com falhas.
A sensação que o lixo traz para os espaços públicos é de degradação e abandono, sendo ele um dos principais vilões da modernidade. As lixeiras são poucas e uma está ligeiramente danificada. A Prefeitura deveria manter as lixeiras funcionais, ou com sacos de lixo resistentes
O paisagismo é responsável por alterar completamente a cara das praças. Bem conservado, ele aproxima as pessoas da natureza e deixa o ambiente mais agradável. Mas não é este o cenário na Dr Senra. Plantas sem conservação falhas na vegetação. Ninguém consegue aproveitar direito o espaço quando o paisagismo não é bem elaborado.
Outra situação ali sentida é a cultura do medo que ganha força quando os espaços estão mal geridos e sem cuidados constantes. Isso dá a oportunidade para usos irregulares e afastamento da população dos espaços públicos caracterizando o abandono.
Um empresário estabelecido na Praça lamenta a situação dela observando que raramente pessoas ficam ali sentadas a não ser moradores em situação de rua que ali passam o dia bebendo. “As pessoas ficam receosas de ficar ali para um momento de lazer”, comentou.