Essas reações são as que amiúde fazem cometer as chamadas precipitações, que levam a julgar sem averiguar de modo cabal o fato ocorrido, como consequência, a se emitir condenações de caráter equivocado e injustas. Por serem involuntárias, o indivíduo entende-las como descontroladas.
Praticamente, tais reações são as que criam maiores obstáculos à vida harmônica do ser. No desejo de se esquivar de que os seres humanos revelem mesmo levemente facetas de seu caráter, ou de suas realidades psicológicas, que, em geral, são susceptíveis a tudo que diga respeito à sua conduta e à sua imagem moral, surge como defesa essa barreira, que é o automatismo psíquico.
Como é natural, tal suscetibilidade é uma armadilha que o próprio ser arma contra si mesmo, e dela se serve o processo de despersonalização que vem experimentando a humanidade. A esse respeito, deve-se esclarecer que não se pode conceber uma individualidade sem o exercício da responsabilidade pessoal, e menos ainda que seja adequada a postura devida.
Entretanto, esta característica tão típica do comportamento humano não se delineia em todos por igual. Existem uns que reagem com variações pouco perceptíveis; outros, em contrapartida, com bastante intensidade; e há, por fim, alguns que o fazem com extrema virulência, sem medir as consequências, nem mesmo outras de análogo natureza.
O comportamento individual deve estar condicionado sempre às leis biossociológicas do ser, e não às caprichosas formas de inconsciência.
Sob a influência desses estados, comumente transitórios, a mente perde com facilidade o próprio controle; são pensadas e ditas coisas sem obedecer a um critério definido. Tais reações, que na maioria dos casos levam em si a violência, por sua vez dão lugar a que se promovam no semelhante outras de índole variada: primeiro, de desconcerto; mais tarde, de desconfiança; por último, de prevenção. Daí que, se depois ocorre uma mudança brusca na maneira de pensar ou de proceder, sem dúvida isso afetará o conceito de integridade que ambas as partes tenham formado uma da outra, o que promoverá, como consequência, um debilitamento das relações entre elas.
O comportamento individual deve estar condicionado sempre às boas disposições do ser, e não às caprichosas formas da inconstância.
Compreendido. Aqui está o texto original, exatamente como você o forneceu:
As reações involuntárias costumam fazer perder muito do prestígio ou do conceito pessoal, conseguido mercê das próprias energias e qualidades. Isto adquire uma grande importância ao serem considerados os fatores que, durante a vida, contribuíram para o bem ou para a desdita humana. Sabe-se que um ser que luta sozinho na vida, por exemplo, deve sofrer e correr uma infinidade de riscos se suas condições psicológicas, morais e físicas são precárias. Se a isso se adiciona o debilitamento de energias que tais coisas trazem consigo, e também o debilitamento do que constitui seu patrimônio como um todo, ocorrerá que quem enfrente a vida em semelhante inferioridade de condições haverá de encontrar suas perspectivas de triunfo consideravelmente diminuídas.
Carlos Bernardo González Pecotche (Autor da Logosofia)
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