A Prefeitura de Pedro Leopoldo está em ritmo de festas e mais festas para comemorar o centenário da cidade. São muitos e caros shows musicais em finais de semana para marcar o 27 de janeiro.
Mas esta realidade de festas não está nos planos de MJS que há dois meses bate na porta da Farmácia da Prefeitura em busca de fraldas geriátricas para seu pai, um idoso acamado, com Alzheimer, demência e incontinência urinária.

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Desde dezembro a resposta que recebe na farmácia ao seu pedido de fraldas é um não. “Triste demais ver todo este sofrimento. Fica molhado, molha a cama, lençol, colchão com cheiro de urina. Tudo isso nesse calorão. Será que o preço das fraldas para estas pessoas doentes é mais caro que estes shows que a prefeita está fazendo”, protesta a moradora que agora conta com ajuda de desconhecidos e familiares para comprar as fraldas.

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Assim como MJS, diversas famílias relatam dificuldades para conseguir fraldas com a a Prefeitura de Pedro Leopoldo. A distribuição de fraldas feita pela Secretaria de Saúde do município sempre contou com atrasos e os pacientes precisam apresentar um laudo médico que comprove a necessidade do item.
Ouvida pelo OBSERVADOR, a Prefeitura alega que “em que pese seja direito de todos, a saúde pública é prestada mediante fluxos e procedimentos estabelecidos pelo SUS. 
Neste sentido, o fornecimento de fraldas NÃO é política prevista e estabelecida pelo Sistema Único de Saúde, inexistindo repasses da União ou do Estado, para promover o seu custeio.”

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Diz ainda a nota da Prefeitura que “que um processo licitatório foi concluído no final de 2023, mas enfrentou atrasos devido à má qualidade do material fornecido, conforme avaliação dos técnicos em saúde. Isso trouxe a necessidade de convocar e analisar o segundo colocado vencedor do processo licitatório. 
Processo este finalizado com disponibilização de ATA no dia 09 de janeiro de 2024”.
Para o advogado Dr Robson Alves esta situação é um descalabro e ele manifestou sua contrariedade em texto que publicamos nesta edição. 
“A necessidade das fraldas geriatricas se equipara e se iguala à própria necessidade fisiológica destas pessoas. Muitas delas não têm condição financeira de comprar as fraldas em questão, e precisam contar com a farmácia mantida pelo município. Falta de respeito e falta de cuidado com as pessoas idosas, doentes e acamadas. 
O Executivo da prefeita Eloisa de Tadeu mostra a sua real face, na dicção dos munícipes que denunciam absurdos, como este, que é a falta de fraldas geriatricas por tempo indeterminado”, protesta o advogado.
Confira abaixo nota da Prefeitura enviada ao OBSERVADOR.

Nota da prefeitura

É importante relembrar que, em que pese seja direito de todos, a saúde pública é prestada mediante fluxos e procedimentos estabelecidos pelo SUS. Neste sentido, o fornecimento de fraldas NÃO é política prevista e estabelecida pelo Sistema Único de Saúde, inexistindo repasses da União ou do Estado, para promover o seu custeio.
Independente disso e ciente de sua importância para o cidadão, a Prefeita Eloisa Helena, determinou à Secretaria de Saúde que criasse fluxo objetivando tal fornecimento, tendo a distribuição retomada durante a atual administração, restabelecendo o serviço.
Para tanto, informamos que um processo licitatório foi concluído no final de 2023, mas enfrentou atrasos devido à má qualidade do material fornecido, conforme avaliação dos técnicos em saúde. Isso trouxe a necessidade de convocar e analisar o segundo colocado vencedor do processo licitatório. Processo este finalizado com disponibilização de ATA no dia 09 de janeiro de 2024.
É fato que não poderíamos aceitar que fossem ofertados ao cidadão, fraldas de má qualidade. Como já dito, providências foram tomadas com a convocação do próximo fornecedor. 
Atualmente, estamos em pleno andamento no processo de aquisição, seguindo os fluxos e prazos estabelecidos, visando normalizar o atendimento o mais rapidamente possível.